sábado, 8 de janeiro de 2011

O VERDADEIRO PAPEL DA IMPRENSA


Por Marnisio Silveira 

Quem presenciou ou mesmo estudou sobre o período da ditadura no Brasil, ao assistir pela tv as notícias vindas de países como Venezuela e Cuba, vê claramente que há uma grande semelhança principalmente em se tratando do papel da imprensa.  Tanto no período ditatorial brasileiro como nestes  Paises na atualidade, os governantes agem da mesma maneira:Tentam calar a liberdade de expressão usando a força, usando o poder político. Pense bem, qual é a melhor maneira de manter as pessoas, principalmente as de baixa renda e aqueles que moram mais distantes dos centros urbanos sem as devidas informações?  Há duas maneiras. Uma delas é impedir que estas informações cheguem até estas pessoas, proibindo a veiculação de qualquer notícia que seja contrária aos fatos. A outra maneira é manipulando as notícias, as informações, de forma que todos os que a ouvem acreditem realmente que tudo está muito bem!!  Uma imprensa séria jamais pode ser comprada, pois a seriedade dos fatos começa com o compromisso interior daquele que informa, que noticía. Não pode ser jogo de interesses, pois o fator principal está no caráter do jornalista, seja ele de mídia impressa, radiofônica ou televisiva. Hoje a censura começa por aqueles que se vendem por um cargo, por uma função. Pessoas que encontram na mídia a oportunidade de crescer financeiramente, sem se preocupar com  a seriedade dos fatos, pois o mais importante é “se dar bem”.   Falar mentiras parece ser um caminho fácil para o sucesso, mas enganam-se o que pensam que este sucesso é duradouro, pois tudo o que se consegue desonestamente, fatalmente baterá à porta, assombrando os que dela se  utilizaram para supostamente melhorarem de vida.  O papel da verdadeira imprensa é diferente.
Ainda estamos engatinhando como nação democrática, pois até pouco tempo imperava no país o totalitarismo da ditadura. Nós só alcançaremos à totalidade a Democracia quando entendermos nosso papel como cidadãos, cuja liberdade de expressão não é cerceada pela vontade de outros, mas pela plena consciência de  seus atos e plena capacidade de escolha, sem a intervenção direta ou indireta da imposição de quem quer que seja. 
  
Estamos de volta

  Muitas vezes fui abordado na rua por pessoas que faziam a mesma pergunta: onde está o jornal Cara Limpa?  Alguns, como forma de crítica, outros por zombaria, mas muitos desejosos em saber que rumo tomaram as denuncias feitas através deste humilde meio de comunicação.  Embora àqueles que se sentiram  incomodados com a presença do que chamaram de “Pasquim” acreditarem que foi por influência de suas ações  contrárias, não, de maneira nenhuma me intimidei.  O que acredito e vivo, na verdade é que tudo tem o seu tempo certo de acontecer. Trabalhos como do pequeno exemplar Cara Limpa surgem quando a ordem é alterada, principalmente quando os valores são atingidos. Exatamente para equilibrar, é que por séculos, pessoas que não temem os obstáculos, as afrontas, a violência ou a morte, se levantam para fazer a diferença no meio onde vivem.   Não posso imaginar como seria, de novo, ver a liberdade que às custas de tanto sofrimento alcançada, ser novamente amordaçada, como muitas vezes tenho presenciado aqui em nossa cidade. Sim, estou de volta, e ao contrário do que muitas vezes me disseram, não se compra a consciência de quem nasceu com caráter.  Enganam-se os que pensam que os acontecimentos envolvendo o responsável pelo site Sudoeste Hoje fariam parar e desestimular a divulgação de conteúdos que dizem respeito a toda uma população. Que futuro teriam nossos filhos se todos se acovardassem? Ainda há a voz de alguem que clama contra as injustiças; que ao invés de se esconder dentro de quatro paredes, pensando deixar a violência do lado de fora, arregaça as mangas e vai à luta, não apenas esperando, mas se envolvendo em uma mudança que não tem nada a ver com o lema de um partido que apenas estava interessado em chegar ao poder a qualquer custo. E viva a imprensa livre!!

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