Thiago Pereira
Os policiais civis de todo o estado da Bahia entraram em greve na manhã desta quarta-feira (19). A paralisação por tempo indeterminado foi realizada em resposta ao não atendimento da principal reivindicação da categoria, a aprovação, na Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 446/300, que prevê piso salarial de R$ 3.500 para policiais militares, civis e bombeiros com nível médio, e R$ 7 mil, para os agentes com nível superior.
A expectativa era de que a PEC fosse votada na última terça-feira (18), contudo, os deputados adiaram a discussão da pauta de segurança para esta quarta. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) defendeu, inclusive, a retirada de dispositivo que inclui o piso salarial da polícia militar no texto constitucional. A mudança seria uma tentativa de se chegar a um acordo para viabilizar a votação da proposta.
Chinaglia foi designado pelo presidente em exercício da Câmara, Marco Maia (PT-RS), como articulador de um acordo para a inclusão na pauta do plenário desta quarta-feira das PECs 446/300, e da 308, que prevê a criação da polícia penal. Segundo o deputado, não há divergências significativas em relação à criação da polícia penal, mas em relação ao piso da polícia e dos bombeiros há muita polêmica.
O líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), acredita que as duas PECs dó devam entrar na pauta do plenário se as lideranças chegarem a um acordo. "PEC colocada no plenário sem acordo prévio resulta no que nós temos: 5 PECs, pelo menos, votadas pela metade. Tem PEC aí que foi iniciada a votação há 2 anos e não se concluiu até hoje porque não há entendimento político para a votação."
Além da Bahia, outros oito estados aderiram à greve. Durante a paralisação, apenas 30% do efetivo policial permanecerá em serviço, executando apenas serviços de remoção de cadáveres e prisões em flagrante.
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