sábado, 27 de março de 2010

A CIDADE QUE NAO QUEREMOS



Sei que as pessoas nos tempos modernos não dispensam um maior tempo para a leitura, seja de um livro ou mesmo de notícias, mas a presente reportagem não pode se dar ao luxo de ser apenas mais uma tirinha em um espaço pequeno, pois a clareza dos fatos se dará através de uma reflexão minuciosa de alguns parágrafos da Lei Federal, que de forma direta diz respeito a todos nós.  Pode-se deixar passar desapercebido o que acontece com alguém distante, em outros países, mas não há como ser insensível com situações diárias em nosso próprio município, onde trabalhadores se encontram desmotivados por ataques à sua dignidade como seres humanos.   Para que possamos entender o que se passa, segue-se:


O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1o  Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico.
Art. 2o  Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

Art. 3o  Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;



Segundo cada um destes artigos, parágrafos e alíneas, não é um favor ter acesso ao saneamento básico, mas um direito previsto em Lei, que de forma humilhante tem sido negado aos moradores do Bairro Hilda Gama.  Observe atentamente as fotos do chafariz posto como esmola na metade do bairro, caindo sem pressão e apenas nos horários entre  meia noite e as 6:00 horas da manhã.  Isto quer dizer caro leitor, que as pessoas que trabalham durante o dia, ao invés de dormirem tranquilamente durante a noite, são obrigados a buscar, seja com latas na cabeca ou de galinhota, a água que será usada em suas casas.  Como foi dito por alguns moradores, eles não estão pedindo água de graça, mas irão pagar como todo mundo que tem água na torneira.   Olhando na frente das casas, vi o encanamento pronto e ao perguntar sobre o que vi, os moradores me disseram que na gestão de Michel, o CAIC fornecia água para as casas do Hilda Gama, mas depois da entrada da atual gestão, a água foi cortada.
A grande desculpa do gestor municipal é que houve uma invasão na parte de baixo do bairro e por este motivo não podem fazer nada.  Mas conversando com um lider comunitários, o sr. Gilmar, me foi dito que houve conivência com os invasores, pois nada foi feito para impedir a contrução das casas através de mandato de reintegração de posse.  Uma das coisa que me chamou a atenção logo na entrada foram dois porcos dentro de uma lama fétida e quando perguntei ao sr. Gilmar se ali havia um lagoa, me foi dito por ele que aquilo era o esgoto que vem das casas, formando aquela lagoa.   Olhando, se vê claramente inúmeras larvas na água empoçada dos esgotos .  Não me esquecendo, o bairro que hoje deve contar com mais de 500 pessoas não é atendido por um agente de saúde, nem o pessoasl da dengue chega lá; os moradores estão ilhados dentro de seu bairro.
Quem anda pelo Hilda Gama percebe logo a quantidade de água que sai das casas cortando as ruas do bairro.  Não está distante a tubulação de agua e esgoto; estão ao lado; o que falta a este governo que disse traria mudanças, é vontade de agir. Se o dinheiro que tem sido jogado fora pelo SAAE fosse utilizado em favor da população que já sofre com tantas mazelas na vida, com certeza seria mais bem utilizado.   Nao pense que algumas autoridades nao foram ao bairro, pois foram.  Por duas vezes o sr. prefeito, uma vez o vereador  Alfredo Cabral, dentre outros, mas dizendo que voltariam para fazer melhorias, logo sumiram tão rápido quanto suas promessas.  D. Maria Lucia que o diga, tendo que ir depois do CAIC com sua galinhota buscar água para dar banho nos filhos pequenos!  Agora diga para uma criança pequena que ela não pode se refrescar deste calor porque o prefeito que foi eleito para lutar pelo povo nao esta fazendo nada! Faça isto!!
É amigos leitores, assim tem sido a vida dura dos moradores do Hilda Gama.  Se não fossem pessoas como o atual presidente da Associação de bairro, que até fazer o encanamento para as pessoas ou lutar pelo direito de seus concidadãos, sem esperar nada em troca, amagino como seria!
Mas o povo do bairro Hilda Gama vai se erguer e mostrar a estes governantes incompetentes que existe dignidade em cada um de seus moradores, com ou sem prefetura atuando.  Quem viver verá!


Chafariz: água apenas de meia noite as 6:00 da manhã


      
Moradores dizem: Nao queremos água de graça; pagaremos por ela


Juarez, presid.ASMOHG e Gilmar, lider comunitario

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