Nova gigante varejista quer dobrar fatia de mercado
Operação entre Ricardo Eletro e Insinuante cria gigante do setor.
Objetivo é ter 15% do mercado nacional em dois anos.
As varejistas Ricardo Eletro e Insinuante anunciaram a fusão das duas empresas nesta segunda-feira (29) como estratégia das duas redes de unir sua experiência de liderar mercados regionais – em Minas Gerais e no Nordeste, respectivamente – para unir forças e fazer frente à gigante formada por Pão de Açúcar e Casas Bahia em 2009. Com a fusão, a nova empresa espera passar, em dois anos, da atual fatia de 8% que as duas companhias detêm do mercado nacional para chegar a 15% em dois anos e ser a segunda maior rede varejista do país.
A união acontece alguns meses após o grupo Pão de Açúcar, líder no varejo do país, ter fechado acordo de compra das Casas Bahia, criando uma rede com pouco mais de mil lojas.
Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, e Luiz Carlos Batista, da Insinuante, que falaram sobre a operação em evento em um hotel em São Paulo, destacaram como principais vantagens da união o fato de as redes serem especializadas em regiões diferentes, e serem muito similares em tamanho.
Além disso, as duas afirmam estarem entrando no negócio sem dívidas e com reservas de caixa.
"A partir desse modelo de negócio ( o da fusão do Pão de Açúcar com a Casas Bahia), surgiu a ideia de ligar para o Luiz (Batista, da Insinuante) e falei: surgiu um caminho para que a gente possa continuar o nosso sonho. Acho que nós temos condição de fazer o mesmo que eles estão fazendo, mas do nosso tamanho", diz.

Segundo Nunes, a união apareceu como alternativa para os empresários, que
dizem terem sido alvo de assédio nos últimos tempos por parte de grupos internacionais interessados em comprar as redes. "Tenho o sonho de continuar no meu negócio", afirmou Nunes.
O objetivo da "Máquina de Vendas", como foi batizada a nova holding, é crescer das atuais 528 lojas para mil pontos de venda em 2014. A estimativa é que o negócio gere um ganho com sinergias de cerca de 3% - aproximadamente R$ 150 milhões. O número de funcionários também deve dobrar, de 15 mil para 30 mil.
A bandeira da Ricardo Eletro predominará nas lojas dos estados do sudeste; já as lojas localizadas no nordeste passarão a ter bandeiras da Insinuante.
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